Sempre me falaram em “Segurança”.
Os meus amigos, colegas e familiares foram os meus grandes mentores
sobre esta temática, e eram diversas as suas abordagens. Começavam
por dizer que tinha de ser segura na tomada de decisões, que devia
ser segura de mim própria, que o que as mulheres querem é sentir-se
seguras e por aí fora. Constato que a segurança é o lema do ser
humano mas não dos líderes. E porquê ? Porque antes da segurança
deverá existir o perigo, o risco e a ousadia. De que vale sermos
seguros senão corremos risco nenhum? Não será o sonho algo que não
está ao nosso alcance de momento? E para o concretizar não será
preciso tomar decisões? E se sim, será que tomar decisões é
tarefa fácil? Não, concerteza que não, tomar decisões por vezes
pode ser penoso, pode obrigar-nos a sair da área de conforto e para
além do mais, decidir está sempre associado a meu ver a outro verbo
que é o arriscar. Agora pensemos o contrário, se um sonho fôr de
fácil acesso, poderá ser considerado sonho?
Afinal, para quê sonhar?
Nada melhor que a sabedoria popular
para responder a algumas questões, logo, quando ouvimos o célebre
ditado “quem não arrisca não petista” chegamos à conclusão
que de facto, para sermos alguém ou ter sucesso, devemos arriscar.
Sinto-me previligiada porque tenho alguns amigos que me fazem sonhar,
quando estou eles, admiro-os e construo modelos para mim. Mas
acreditem que nenhum deles ficou na inércia fechado em casa à
espera que a tempestade passasse. Arriscaram muito, muito mesmo,
porque se assim não fossenão estariam onde estão hoje. Por isso,
meus amigos a segurança é muito importante, mas mais do que isto,
acredito que o desafio é aquilo que somos. Termino com uma frase
que li, mas não me recordo do seu autor, de qualquer forma cito-a à
mesma : “Todos morrem mas muito poucos vivem”.